Sucateiro
Pela ruazinha, catando latinha
A "baranga" passou com seu carrão;
Explodiu em meu rosto um torrão!
— Como pode a dama do medalhão
Com veste de nobre atropelar o pobre?
Faz algum sentido arriscar a vida
Por miga de lixo, restos de reais?!
Por que não estás entre os normais,
Sugando do bar as "brahmas" vitais?
— Vai-te reles, não vês que não tem vestes?!
A lida maltrata, a luta é ingrata:
Pedalo...Ininterrupto...—Ah, magrela!
Corto ruas, avenidas e vielas,
Não me importo com a donzela!
... Com passos de mel segue o carrossel!...
O rolex lento corre contra o vento,
O rosto pintado a cor-de-rosa
Geme diante de espelho: — E agora?
Vive das lembranças de outrora
O amigo? — Agora é o teu jazigo!
Ribeirão Preto, 24 de setembro de 2005.
16h30 min.
Pela ruazinha, catando latinha
A "baranga" passou com seu carrão;
Explodiu em meu rosto um torrão!
— Como pode a dama do medalhão
Com veste de nobre atropelar o pobre?
Faz algum sentido arriscar a vida
Por miga de lixo, restos de reais?!
Por que não estás entre os normais,
Sugando do bar as "brahmas" vitais?
— Vai-te reles, não vês que não tem vestes?!
A lida maltrata, a luta é ingrata:
Pedalo...Ininterrupto...—Ah, magrela!
Corto ruas, avenidas e vielas,
Não me importo com a donzela!
... Com passos de mel segue o carrossel!...
O rolex lento corre contra o vento,
O rosto pintado a cor-de-rosa
Geme diante de espelho: — E agora?
Vive das lembranças de outrora
O amigo? — Agora é o teu jazigo!
Ribeirão Preto, 24 de setembro de 2005.
16h30 min.