NINGUÉM!

Não sou ninguém!

Quem me dera ser!

Não sou ninguém

O que ainda sou!

Por ser o que ainda sou...

E por não ser

O que ainda não sou...

Serei ninguém do nada?

Ou do nada serei alguém?

— Não sei!... Não sei!...

Se sou o que ainda sou...

— Ninguém!... Ninguém!...

Talvez fosse outro!?...

— Talvez!...

Se sou o que ainda fui outrora...

Vaguei!... Vaguei!...

Sonhei o que quisera ser!

Ser o ser do ser...

Seria ser o que sonhara ser?...

Ou seria ser o que ainda sou?...

Se sou o que ainda não sou...

Um dia serei!

— Será?

Ninguém, talvez...

Talvez ninguém!...

— Ninguém!

Agosto de 2006.

Pacco
Enviado por Pacco em 16/02/2009
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T1441601
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