O MANDROVÁ

Entre as folhas de outono, um mandrová

perdido, rasteja sobre a trilha da felicidade.

Os namorados, bobos de tão apaixonados,

não o notam em sua jornada em forma

de larva.

Mas o seu destino colorido, o espera

no sorriso daquela flor.

O mandrová insignificante e rasteiro,

permanece austero perante as mariposas

em projetis que pairam na sanha dos homens.

Ele tem o seu objetivo na primavera de um canteiro.

Ele beija a serpente e desdenha o firmamento

que ainda não pode alcançar!

Até que a vida lhe prepara um casulo

com a seda de gueixa e dos lençóis

da paixão.

E aquele horrendo mandrová aos olhos

escorpiões do bicho homem; tem a sua vez

de borboleta, admirada e até caçada por todos

(devido ao seu esplendor).

Mas esssa divina criatura, permanece sempre

estóica em sua felicidade que agora posssui asas.

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