LIBERDADE AINDA QUE TARDIA

Soltas as amarras

Sob o céu vermelho

Nuvens cobrem as cinzas

Aves de rapina.

Quero o que é meu

Não vou sufocar

Vou estar aqui

Se o sol chamar.

Nada é de ninguém

Nada aqui é tudo

Se não tiver sol

Vou me retirar.

Largo minhas armas

Pra recomeçar

Chão de estrelas mudas

Sei que irei pisar.

No horizonte escuro

Surge um novo dia

Mesmo que sozinha

Eu tenha que chegar

Levo a minha lua

Minha mãe de prata

E a saudade tua

Nada vai mudar

E se acaso o amor

Queira me trazer

Pássaro cantante

De essência nua

Flor de luz no pântano

Vai resplandecer.

Que uma leve espuma

Nos meus pés descalços

Lave-me a tortura

Dos meus tristes ais.

E a alma livre, solta.

Possa então amar

Vestida de lírios

Ungida de paz.

08/02/2009

Solua
Enviado por Solua em 09/02/2009
Código do texto: T1429412
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.