Mar Revolto
Momentos de agonia...
Pequeno barco ao sabor do vento,
Sem direção, sem rumo, sem sustento,
É agitado e jogado ao léu...
Nuvens escuras vão cobrindo céu...
Visão sombria.
É tempo de aflição.
Os que seguem comigo na viagem,
Sem consolo, sem vida, sem coragem,
Abrem espaço ao medo, à dor, à morte.
Estamos juntos sob a mesma sorte,
A humana condição.
Tênue esperança...
Dorme no barco Jesus de Nazaré...
Mas... onde foi que deixei a minha fé?
Dorme o Cristo? Ou durmo eu na inconsciência?
Jamais dorme a Divina Providência!
Haja mudança!
A luz se faz!
Desperto para o Cristo “adormecido.”
E tudo à volta ganha outro sentido.
A voz do Mestre ordena à consciência
Que se cale perante a Onipotência.
Retorna paz.
Momento abençoado.
Então se faz silêncio na minh’alma
E o mar da minha vida se acalma.
Mesmo a onda mais alta se alisa...
Recebo o toque da suave brisa,
Sopro Sagrado.
Novo momento!
No céu, na terra e mar se faz bonança...
Renova-se ao redor a confiança.
Os que comigo vão desfrutam da harmonia:
Seguem agora carregados de alegria
Há mais que fé, há novo entendimento!