LIMITE

Caía sossegadamente, a tarde.

lá no horizonte a reluzir...

Há calma tão completa em sua atitude,

E observando o domínio naquele ato

Pus-me a admirar sua lealdade.

Penetrante melancolia do crepúsculo,

Chorando ao som do vento uivante

Que à partir daquele instante

A noite reina em absoluto.

Fico a olhar esta transformação

Respira o ar com saudade doída,

Mesmo assim, o dia de beleza impar,

Vai-se embora, com um adeus,

E uma lágrima no olhar.

Limite, - eis o limiar..

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 19/11/2004
Código do texto: T141
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