Sonho

Quando olho o céu no fim da tarde,
Minha alma quase chora enternecida,
De sentir toda beleza que me invade,
E ver tanta grandeza esquecida.

Esses tons tão matizados na colina,
E que se expandem no azul do céu imenso;
Transtornam minha alma quando penso,
Que o homem é, somente, uma neblina.

E quando vejo a lua toda adornada,
Por seu véu azul translúcido, brilhante,
Direção aos transeuntes caminhantes,
Na efervescência da pungente caminhada.

Então suponho que até possa ser possível,
Moldar o mundo das fissuras desta terra;
E desabitar os corações de tanta guerra,
Numa pujança de paz indescritível.

Beber do solo em peso de igualdade
Desatar os nós e colar as rachaduras;
Amarrar os laços e cingir as descosturas,
Derramar a consciência na taça da indignidade.