Desencontro
Penso sempre em ti – e então lembro
Nas horas boas e nas do nem tanto
Simplesmente porque não há o nunca
E só me restam as lembranças
E não te tenho
Nem hei de ter
Mas quem garante que tudo acaba
Engana-se tendo-se por sábio
Sem sonhar que os mistérios
e só uma (única) esperança
Ocultam-se num dos anéis de saturno
É lá que eu hei de ir e ler
Um velho papiro
Repleto de cruas frases soltas
Com outro destino por revelar
Num texto escuro e curto
que tudo diz
E que viaja mansamente
pelo universo do nada