UMA COLAGEM POÉTICA II

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Não quero briga, sou pacifista... Apaixonado por sons e pela escrita

Caçando palavras para compor meu poema, desafio os puristas;

Texto é sermão em oração; poemas são canções...

Entoar uma canção verte estranha sensação:

Na paz, sonhar, voar... Pretextos para amainar a saudade

no canto que tem encanto, fuga da escuridão;

No seu manto, romântica esperança... Compõe, então!

Ignorando a mesmice, a bagunça do armário pede prumo

arrumo pretexto para o contexto;

Temas do cotidiano gerariam sexteto, mas não confio...

Desconfio de quem se vangloria de otário

Usa qualquer ferramenta para vender o seu peixe;

Posições que soam clichês viram cilada:

Piracema suicida...Síndrome desalmada!

Condenado a viver no muro o enduro é pensar, insistir, buscar...

na busca atemporal, se domínio publico, se pede emprestado

Produto na conseqüência, indulto pela seqüência...

Ousadia dá trabalho, muitos se negam a caminhar...

Para que ousar...? Pode-se ganhar ao tentar se arriscar...

Abruptas intervenções, desconexo pestanejar

idolatria multifacetada...

Caminho em falso é cadafalso;

Artificialismo das ações sem emoção não tem preço

esclarecimento, explicação... Não tem perdão!

Minha vida vira casa de passagem;

Linha do tempo é munição

Como tenho braços, idealizo um abraço;

Ainda que o mormaço não seja paliativo

Aditivo é o beijo dissuadindo o cansaço.

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by jorge-arildo

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