O ELO DO PARAÍSO

Tais quais os gênios,

Agrada-nos o empirismo,

Como tábua lisa dos milênios,

Tabula rasa com sufismo.

Cremos em tudo e em nada,

Acreditamos até que crer é relativo,

Deixamos à prova nossa jornada

E não mantemos qualquer crivo.

Goza, homem, devagar as lisonjas,

Aprende a cair e a levantar,

Porque, como sugam as esponjas,

Alguém irá te lesar.

Mas, lavra, ó humano, o que pensares,

Põe à Terra sua mente,

Pois, talvez, teu irmão prende nos olhares,

A dor que deveras sente!

Sejas audaz servo do Criador,

Útil elo na terrena corrente,

E verás que se vives pelo Amor,

Em ti o Paraíso está presente!

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 02/01/2009
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