O ELO DO PARAÍSO
Tais quais os gênios,
Agrada-nos o empirismo,
Como tábua lisa dos milênios,
Tabula rasa com sufismo.
Cremos em tudo e em nada,
Acreditamos até que crer é relativo,
Deixamos à prova nossa jornada
E não mantemos qualquer crivo.
Goza, homem, devagar as lisonjas,
Aprende a cair e a levantar,
Porque, como sugam as esponjas,
Alguém irá te lesar.
Mas, lavra, ó humano, o que pensares,
Põe à Terra sua mente,
Pois, talvez, teu irmão prende nos olhares,
A dor que deveras sente!
Sejas audaz servo do Criador,
Útil elo na terrena corrente,
E verás que se vives pelo Amor,
Em ti o Paraíso está presente!