NAS MÃOS DA ESPERANÇA


Busco horizontes perdidos,
Duvido no interior de mim,
Interrogo todos os sentidos,
Do corpo, da vida, do etéreo festim.

Quero – sem muito alcance,
Espero – não sei por quem,
Talvez pelo último lance,
Que levará a alma além...

Escondo-me no eu por dentro,
Contemplo o meu agora,
A inquietude aponta para o centro,
Complexo da minha aurora.

Um eu por fora se revela,
Submisso, controverso, carente,
Exposição de uma enorme tela,
"Eus" reduzidos em sementes;

Nas mãos da terna esperança,
Ansiosas pelo afago,
Refletidas na lua mansa;
Mostram que sou pelo menos algo.