As vezes sou bobo

As vezes quando me canso
Realço a vontade de parar
Andando como um doido
Que nem dá pra imaginar

Subo as fronteiras e me procuro
Coloco o meu desejo em mim
Ejaculo a previsão do hoje
Como se não fosse assim

Feri e fiquei em um canto
Onde eu me encontro aqui
E comigo mesmo me conto
O cansaço de meu eu e o me

Faço uma poesia e desconverso
O inverso do tempo perdido
Quero e não posso ficar
Qualquer ato me deixa arrependido

Sei que passa o tempo devagar
E o ontem me bate à porta
Fazendo-me um bobo
Em um vida cansada e torta

Me canso devagar no canto
Enquanto a porta me faz de bobo
Paro de ficar perdido
Me encontro com o hoje
luiz machado
Enviado por luiz machado em 16/12/2008
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