Minha alma
Quem me vê assim sorrindo
Cheia de brilhos e cores
Não enxerga minhas dores
Tampouco sincera alegria.
Não vê o meu mais profundo
Do fundo real do meu mundo
Que existe em meu viver.
Não sabem de o doce querer
Dos sonhos de meu intelecto
Que bailam entre meu teto
E a imagem que brilha na rua.
Da verdade nua e crua.
Quem me vê assim dançando
Não sabe o que estou pensando
Ou o que deixei de pensar
Não consegue imaginar
Que existe um conteúdo
Forte e fraco, ora desnudo
Doce, suave, matreiro
Sensível e companheiro
Um ser sincero e real
Mesclado de um pouco de mal
Com poses de certo desleixo
Com tudo em seus devidos eixos
Um ser humano real.