O AMOR NAUFRAGOU

Amor....
Lembra do nosso encontro?
Não o das bocas, nem o das mãos.
Mas o encontro das almas.

Lembra do quanto a gente se admirava?
"Não sei o porquê, mas me pego pensando em você",
dizíamos um ao outro.

Há um ano nos amamos
E não houve tormenta capaz de nos fazer naufragar.
Agora, perto do cais, fui traído pela minha estupidez.
Pela minha inocência em deixar transbordar em mim
o amor que sinto.

Amor...
Não deixe esse mundo mesquinho
Levar nossa nau à pique
Retoma comigo o caminho
Dessa viagem rumo a nós mesmos que nos fascinava

Lembra de quando a gente se olhava?
Tão perto e profundo, que dentro da gente
Havia um sorriso quase latente
Dizendo um ao outro que a gente se amava.

Amor...
Por tudo que posso lhe peço
Afasta de mim esse pranto
Eu sei que tua dor ainda é grande
Mas sua grandeza em me ensinar
Por fim chegou aonde devia
Agora já sei que aprendi
a ser aquilo que queria

O mundo lá fora é pura inveja
É a fome da cobiça no alheio
Mas esse amor que é nosso guia
Pode vencer a dor que parte o peito
Só quando você me olhar de novo
Tão perto quanto eu possa me ver nos seus olhos
É que sorrirei novamente
Que sejam dez ou mil anos
Pra quem ama como eu amo
O tempo é só uma vertente.

Edu Silveira
Enviado por Edu Silveira em 06/12/2008
Reeditado em 07/12/2008
Código do texto: T1321983