DOCE SABOR
Doce sabor
Isabelle Mara
Que importa a insensatez dos homens,
A incompreensão da humanidade,
Se de todos esses seres, sou uma partícula?
Sim, uma pequena e insignificante parte,
Pois sou apenas eu....
Que importa a solidão de agora,
Se por toda esta existência me senti assim?
Não, não tenho do que me queixar;
Se diante de toda esta vida
Restaram-me esperanças e certeza
De uma construção sólida,
Para outro amanhã, tão radioso
Quanto o brilho do sol na tarde de ontem.
Como poderia temer a solidão,
Se a perspectiva de uma nova vida,
Banhada de azul sereno,
Renasce a cada momento
Na direção de um amanhã
Sem tantos dissabores?
Ah, não!
Sonhar com a liberdade é respirar
Com todas as forças de que ainda
Sou capaz!
É tão somente, vislumbrar
A possibilidade de puder tocar os céus
Com as mãos, já que me foi concedido
Por direito, o prazer de saborear
Depois de tanto tempo,
O doce sabor da liberdade.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional