DOCE SABOR

Doce sabor

Isabelle Mara

Que importa a insensatez dos homens,

A incompreensão da humanidade,

Se de todos esses seres, sou uma partícula?

Sim, uma pequena e insignificante parte,

Pois sou apenas eu....

Que importa a solidão de agora,

Se por toda esta existência me senti assim?

Não, não tenho do que me queixar;

Se diante de toda esta vida

Restaram-me esperanças e certeza

De uma construção sólida,

Para outro amanhã, tão radioso

Quanto o brilho do sol na tarde de ontem.

Como poderia temer a solidão,

Se a perspectiva de uma nova vida,

Banhada de azul sereno,

Renasce a cada momento

Na direção de um amanhã

Sem tantos dissabores?

Ah, não!

Sonhar com a liberdade é respirar

Com todas as forças de que ainda

Sou capaz!

É tão somente, vislumbrar

A possibilidade de puder tocar os céus

Com as mãos, já que me foi concedido

Por direito, o prazer de saborear

Depois de tanto tempo,

O doce sabor da liberdade.

Brasília, DF

Registrado na Biblioteca Nacional

Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 25/11/2008
Código do texto: T1301747
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