Expiação

Esperam meus livros de poesia.

E este verso expia um tropeço,

Desta música leve, assobia,

De uma vida que já não mereço.

Se te confesso apraz um tormento,

Esta letra liberta o meu coração,

De um pecado atroz, traz o vento,

Como leve embalo da tua canção.

Como tem sorte o teu momento!

Quisera congelar-te a alma azul.

Por isso que jogo o laço no tempo

A espera de um olhar em comum.

Os pensamentos roubam os dias,

Projetam o divino encanto que És.

É um turbilhão de idéias vazias

Como a vibrante bateria do Jazz.

Então a aurora apressa minha partida.

Não há mais porque ficar aqui parada.

Quero um único compromisso na vida:

A rima, mais nada.

Silvana Bronze
Enviado por Silvana Bronze em 24/11/2008
Código do texto: T1300902
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