Luiza
Para a musa Luiza
L_indamente meus dias são preenchidos quando penso em você
U_nindo a beleza do meu sentimento e entrelaçando emoções
I_mpar sensação interior que me causa tanto contentamento
Z_ênite entre meus sonhos e a tua face mais encantadora
A_mando, eu, sutilmente e pacientemente, aguardo os acasos...
Garimpo dos Sentimentos
Jóias formosas manifestadas na significação de palavras singulares.
Pessoas diferenciadas são capazes de bem utilizar a bateia da percepção.
Distinguir virtuosamente os cascalhos das preciosidades.
Reunir um mosaico frasal, lapidar em si a matéria bruta abstraída.
A expressividade reluzente de um ser manifesto pelo rastro poético
Encantando e causando brilho nos olhos: diamantes, safiras, esmeraldas...
Com uma sedutora participação no processo de lapidação.
Mas por ironia, jóias nem sempre são vistas como deveriam...
Ao extrair o limo, o barro, os pedregulhos, chega-se ao âmago.
Melhor saber a respeito do material com o qual se lida!
Ourives incautos, em suas inabilidades eventuais, podem colocar tudo a perder...
Garimpo não! Arte e virtude de sentir, perceber, interagir.
A solidão das jóias embaçadas pela névoa dos sentimentos machucados: perturbadora.
Analogias com relações humanas... desencontros.
Namoros deixam de ocorrer por falta da arte mútua de garimpar amores...
Diamantes fragmentados, partidos como corações desiludidos...
Olhos tristes e lágrimas cristalizando resignação.
E balanças pendendo por falta de compreensão.
Maravilhas amorosas não ocorrem sem dedicação, perícia, esmero...
Principalmente lapidação, criação de preciosidades imateriais.
Emanadas as virtudes, passa-se pela vivência.
Quem já não encontrou pessoas preciosas?
Brilhantes por natureza, douradas na essência.
Que dedos estão à altura de receber tal ornamento metafísico?
Carlos Augusto de Matos Bernardo