Arrumações

Arrumei meus pensamentos,

Num cantinho do meu cérebro,

Para que eles não perturbem mais a minha mente,

Para que possam não mais provocar delírios infundados,

Ou alucinações persistentes.

Arrumei meus sentimentos

Algures dentro do meu peito,

Para que não possam mais provocar medo,

Ou dores atrozes que teimam

Em perseguir meu coração.

Arrumei meus sentidos,

Já inexactos, e sem razão de ser,

Para que não me incomodem mais

Nas minhas descobertas a novos horizontes,

Se eles estiverem adormecidos,

Poderei seguir em paz o meu caminho.

Tentei arrumar minha alma, também,

Embora sem êxito,

Uma vez que ela transporta grandes paixões,

Que não consigo esquecer.

Ela é o reflexo do meu olhar,

Quando relembro amores mal resolvidos.

Mas tentei na mesma,

Minha alma teimosa,

Não responde aos meus apelos,

E continua o seu percurso solitário,

Em busca do impossível.

Chamei sua atenção,

Briguei com ela, mas de pouco serviu.

Tentei mostrar-lhe o meu triste passado

De mágoas e ressentimentos,

Pedi-lhe para esquecer as dores,

E recomeçar de novo,

Mas nada a vez mudar de ideias.

Então, peguei em pequenos pedaços dela,

E arrumei-os algures no meu já ferido coração,

E continuo negociando, para que minha alma

Possa deixar para trás o passado,

E recomeçar a viver uma vida plena,

Repleta de amor e sentimentos bons.

Mais ainda continuo a negociar,

Sem perder as forças,

Até que ela responda aos meus apelos.

deusaii
Enviado por deusaii em 18/11/2008
Código do texto: T1290354
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