Desconexo (T68)
Delírio eterno das paixões
viaja ao mundo de ilusões
amor, desafio e esperança
perde na serenidade a confiança.
Vive, morre e joga fora
tudo o que consegue aqui e agora.
Grita, escandaliza sua serenidade
mas não se preocupa com a dignidade.
Longe quer ir, não se sabe
mas a ele a decisão cabe
procura o caminho em vão,
não liga com o que tem no coração.
Um dia o que procura chegará
e para ele um momento de glória será,
mesmo que não sinta da luz o reflexo,
mesmo que tudo seja desconexo.
Alexandre Brussolo (15/10/1992)