Semente de Sonhos
Escorrem pelo meu rosto
As gotas de água corrente
Caindo do céu em torrente
Tempestade sem furacão
Chuva forte, simplesmente
Banha generosamente
O chão, as árvores e telhados
Lava com força o corpo
E a alma dos desavisados
Que estão longe do abrigo
O céu de nuvens escuras
Confunde-se com a noite
Que não tarda a chegar
Quem sabe, prenúncio d’outro dilúvio
Quem sabe uma arca para nos salvar
Do mesmo céu que cai a chuva
No mesmo chão que a água lava
Estão vivas mais que nunca
As sementes dos sonhos que plantei
E hão de brotar assim que o Sol voltar