MINHA HORA
O líquido fluiu, da garganta ao câncer final,
enquanto eu fugia nas noites frias, frias como desculpa.
Fluiu como canto baixinho carregado de dor e culpa,
envenenando, meu deus, tanta poesia, tantos sonhos...
Meu bem, deixou de lado sua função e marcou minha morte,
e o líquido correndo e como ladrão, levando minha sorte.
Mas os sonhos se fizeram presentes entre a lua e eu,
fui buscar meu caminho dentro da força do amor.
Pudi ver meu futuro, uma canção simples que me fez sorrir.
Meu Deus, tão simples é viver o que reservastes pra mim.