O poeta adormeceu...
O poeta adormeceu...
Tirou sua fantasia.
Guardou sua mágica,
seus sonhos e seus desejos
e se vestiu de realidade.
Suas palavras silênciaram
e hoje já não têm as cores da primavera,
mas a roupagem sombria do outono
e o cinza frio do inverno.
Mas o poeta não traz a tristeza no olhar,
vive apenas o momento de espera,
trazendo no coração a certeza da chegada de uma nova estação...
Brinca com a neve,
que teima em cair sobre seu corpo,
lembrando a frieza de olhares que o encontraram.
Sente pena deles...
Não souberam desfrutar do calor de um verdadeiro amor
e se deixaram levar por sentimentos fúteis e vazios...
Mas o tempo...
Ah! o tempo é capaz de tudo,
Cura feridas, apaga mágoas e leva lembranças...
Renova os corações,
reconstrói esperanças perdidas,
aponta caminhos...
E é assim que vive o poeta,
perdido em seu tempo...
Onde no passado encontra ensinamentos,
no presente constrói pontes
e no futuro vislumbra um novo horizonte!