Sertão salgado
O sol é quente a pele é ruiva
o vento corta e a brisa sutura.
o céu vasto parece nu,
As nuvens valsam sem pingo algum.
Onde foi mar hoje é secura,
a água esquece, a sede nunca.
As nuvens choram a terra enxuga
o pasto nasce a fome cura.
O verde é saldo mas pouco dura
e a terra sofre até as chuvas,
os filhos nascem e o úbere murcha,
a fome toca e a morte escuta.
O povo pede com reza a chuva
mas a imagem parece surda.
A chuva vem e a reza muda,
água demais a casa inunda.
O sol é quente a pele é ruiva
o vento corta e a brisa sutura.
o céu vasto parece nu,
As nuvens valsam sem pingo algum.
Onde foi mar hoje é secura,
a água esquece, a sede nunca.
As nuvens choram a terra enxuga
o pasto nasce a fome cura.
O verde é saldo mas pouco dura
e a terra sofre até as chuvas,
os filhos nascem e o úbere murcha,
a fome toca e a morte escuta.
O povo pede com reza a chuva
mas a imagem parece surda.
A chuva vem e a reza muda,
água demais a casa inunda.