Farol
No meio das águas de uma vida turbulenta e sem paz
Minha embarcação carregava em sua proa uma carranca
Ela me livraria dos males e os monstros ficariam pra trás
Homem iludido, coloquei nela toda a minha confiança
Navegando corajosamente sozinho, me achava astuto
Deparei-me numa tormenta bem maior que imaginara
O meu sonho era apenas encontrar o meu porto seguro
Um lugar onde houvesse a paz que minha alma ansiava
Terra firme, a minha esperança, eu jamais encontrei
Mas nas mulheres e no rum meus olhos se iludiam
Cheio de maldade, cada vez mais oprimido me tornei
As ondas do meu orgulho e da arrogância me afligiam
Nessa busca em abismos inimagináveis me afundei
Achei que finalmente o meu fim havia chegado então
A violência da maré veio mais forte do que imaginei
Os ventos sobre as velas confundindo minha direção
Vi a proa se despedaçar ao se chocar no paredão
Desesperado sem saber o que fazer, a quem clamar
As ondas me puxavam e jogavam na arrebentação
Lançado de um lado para o outro até morte me tragar
De repente vi surgindo lá do alto grande clarão
Um Farol havia no meio daquelas rochas violentas
As rochas, conseqüências de uma má navegação
É o final de todo marujo longe da Tua presença
Misterioso farol que aparece ao que crê
Na direção da Tua luz estendi a aminha mão
Percebi que houve a minha volta uma calmaria
Então eu fui içado pelas cordas do teu perdão
Tinha ouvido falar desse Farol, mas nunca visto
E desse tal Homem que acalma a tempestade
Mas enfim descobri que o seu nome é Jesus Cristo
Porto Seguro, que trás paz e segurança de verdade