Vozes do silêncio
Perdida por entre as vozes,
dividida entre silêncio e solidão,
brincam exuberantes crianças.
Mães, de olhos escondidos
sob translúcidos véus,
pressentem o frio
que varre o adro sagrado.
Na insinuante luz dum espaço,
austero, imponente, mundo fechado,
envolto em riqueza ou ostentação,
pintam-se as palavras de mil cores.
Num fugaz movimento,
foco o povo arrastando pesados grilhões,
de ignóbeis preconceitos sociais,
e, no meu palpitante coração,
a eterna aspiração dum sonho,
que continua por realizar.