FIDELIDADE
Desvendem-se verdades!
Pureza no sentimento,
Fidelidade na alma.
Tantas imagens, um céu azul,
As semeaduras em prestes colheitas
A brisa que não corre inflige pena.
Um poema orvalhado de estrelas
Adornei com um silêncio de plumas,
Como se não quisesse ver
O que realmente acontecia.
Inquieto-me, guardo o belo
E o vento silencia,
As florestas, elas não falam,
As fontes secam, minh’alma tem ânsia
De pleno viver, meu coração tem sede.
Pensamentos que se vão surgindo
Quais balões soltos no ar,
Róseos, brancos, azuis...
Quero dizer o que sinto, não consigo mais!
Agora o pensamento vazio, corre um frio,
E escorre pela alma em delírio.
O gosto amargo da saudade,
Consciência de uma fragilidade
À luz de um novo manto...