Primavera da Ilusões
Nas outroras cansadas e cruéis expiações
Nas alamedas, ruas e casas do resguardo
Há o fulgor da primavera, novas versões
Das chamadas da almas, nas noites em claro
E meu olhar revigorado não tem voz
Não é preciso gritar, há apenas o toque
Há apenas o teu perfume, bela foz
Que alimenta e embeleza o leito nobre
Oh! Fulgurante primavera, não crie ilusões
Que o luto ainda está presente em meu peito
O odor floral pode alterar as interpretações
E o que se alterou foi verdade ou despeito?
Não! Não quero imaginar-me em alucinações
Não quero acreditar que amar é o meu defeito