EU
Era uma tênue luz em meio à madrugada
E a passarada ensaiava triste canto matinal
E em meio ao cortante frio da caminhada
Eu já pássaro frio madrugada e animal
Um grito ecoa toda angustia reprimida
Uma ferida sem corte, mas a sangrar
Uma vontade solta louca deprimida
Um rio de sonho um lago um mar
Era um vulto solto envolto em energia
E desenvolto emite teu sutil sinal
E a madrugada já não é mais fria
Eu já condor vôo o espaço sideral
Um fato enfoca intrapessoal letargia
Uma agonia deste distante pensar
Uma fagulha de singular magia
Um sorriso solto no solto voar
Era manhã que em minha manhã ardia
E nem percebia que estava á acordar
E pressenti que em mim a vida ressurgia
Eu já navegante deste etéreo mar
LEILSON LEÃO