A felicidade é simples!
O fato é que posso e constato
No melhor dos meus atos e tratos
Do informal... a um mero contrato
Que ao variar e encaixar do tempo
Passado, presente, futuro
O que importa e comporta
É a felicidade que bate à porta
E ela está nas coisas simples
Que enfeitam os nossos caminhos
Aconchegam e fazem muitos carinhos
No cheirinho da terra na chuva
Num laço de fita de uma trança
No riso puro e solto da criança
Ou liberdade que pulsa e dança
Escreve a sua história e nos balança
Na harmonia. No perdão que alcança
Nos riscos ocorridos pelas mudanças
Sincronia sadia da mente e do coração
Numa cantoria debaixo do chuveiro
Delicada riqueza de espírito e beleza
Pelo amor e cuidado com a natureza
Florido mundo da doação e do afeto
Passeios de mãos dadas e peito aberto
Nas risadas das suas próprias besteiras
Do nascer... Do pôr-do-sol... Luar cheio!
Paz no cantarolar dos passarinhos
Falta de juízo das aventuras sozinho
Dos namoricos proibidos e escondidos
Atenção com os animais desprotegidos
Solidariedade para com os necessitados
Brincar de soltar pipas e bolinhas de sabão
Ao despertar da alma para a viva emoção
Tremer as pernas na presença da amada
Não negar a si o belo sentimento da paixão
Conversar, abraçar, cheirar, tocar, amar...
Olhar fundo repartindo o brilho dos seus olhos
E beijar muito! Na boca, lábios, pescoço, no rosto
Mostrar sem vergonha o amor a quem se ama
Assim a felicidade vem de mala e cuia e se instala!
Hildebrando Menezes