Porquê?

Busco páginas uma a uma

como em revolução programada

procuro o meu eu, neste nada

sem vislumbrar a alvorada

Na trincheira onde me abrigo

por entre montes de tralha

revolvo qualquer palha

já nem temo o inimigo

E busco, busco quantas mais

páginas que a vida não me deu

nada de mim deste meu eu

como impérios perdidos em vendavais

A história feita por se contar

nobre batalha do desconhecido

horas de um tempo decorrido

onde as guerras se temem multiplicar

Há ainda um ténue brilho verde

dissipado dentro desta claridade

herói mutilado que se atreve

por entre a efusão da realidade

Porque procuro apenas

da página, o eu que não perdi

confio irá resnascer por aí

nesse rio de aguas calmas, serenas

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Poism para lá da procura, existe ainda o sopro da ilusão

Ginja

ginja
Enviado por ginja em 11/10/2008
Código do texto: T1222474