Bonança após a tempestade
Vi teu mergulhar qual estrela cadente
Em profundo abismo, imenso em desamor
Dispensando alento em desatento vagar doente
Puxando em tiras todas as brigas causando dor.
Vem nesse enredo tempestade escura e fria
Sofridas farpas a esfolar o coração
Murchando em dores, qual princesa arredia
Ninguém ensina o belo caminho do perdão
O mundo é de todos o grande mestre
Não havemos de duvidar sem aprender
Há quem ensine sem ao menos procurar
Que o perdão é fonte eterna do viver.
Em tempos fortes, em quedas quase mortas
Vem incansável a parceira esperança
Em triste pranto, buscar a quem se apiede
Varrer a tempestade, trazendo a bonança.