Fragmentos
Desço em silencio a longínqua noite
Nem sinto os largos e plangentes sons
Queda em debalde caricias em aceite
Infinito pranto em mascarar os velhos tons
Quem dera ouvisse o eco dos passos teus
De hora em hora a espantar tamanha dor
Saberia que o que ainda resta no peito meu
São fragmentos daquele nosso torto amor.
Essa noite só devora ...ligeiro me consome
Nem empresta ao tempo docilidade em despedida
Rega apenas o que é de ti travesso nome
Não se apieda em proteger, nem dá guarida.
E´meu penar andar sem nunca ter um protetor
Sufoca a alma nesta quimera imaginária do real
Em desengano atravessar pedaços do meu amar
Dispensa o encanto sem dispensar o teu sinal.