A JANELA DOS SONHOS

Há uma menina na janela,
Olha em torno tristemente,
Sente as dores da sua favela,
As marcas do submundo, (subgente).

Apesar da tristeza,
Há um brilho no seu olhar,
Em meio a tanta pobreza,
Ela suspira, põe-se a sonhar...

Com um futuro menos incerto,
Sem o calor do telhado de amianto,
Sem esgoto a céu aberto,
Sem lixo espalhado pelos cantos.

Há na janela uma menina,
Dignidade é tudo que ela quer,
Ilumina manhã! Ilumina!
Faz dessa menina uma grande mulher.