SOPRO INGRATO

Sopro de vida que me alimentas
Que me mostras o quadro da minha insatisfação
Rondas em campos distintos
Em tempos de pura ingratidão
Feito tempestade de areia
Que maltrata o meu coração

Trazes contigo o passado glorioso
Vibras com o presente sofrido
Não te importas com o futuro que virá
Apenas te alimentas dos restos vividos

Pena que não sofre assim como eu
Nessa longa e marcada pisada
És culpado de tudo, ó ingrato sopro
Já que comeste, bebeste, amaste
Não pagaste cada momento que aproveitaste
E no final, cuspiste no prato que adoraste.






Obs. Imagem da internet

Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 03/10/2008
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T1209338
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