PANORAMA
De repente a estrada,
que era amplíssima,
se confina.
E o balcão no final do túnel
só serve absinto,
amargo que só retrocesso.
O ultimo a sair apagou a luz
e esqueceu de lançar uma última olhada.
A ponte está rompida ao meio,
resta só o olhar,
que o batente soçobrou
ao peso da desesperança.
Sem leito,
sem direitos,
sem respeito,
sem jeito.