Sentimentos no desalinho
Sentimentos no desalinho
Aguardente de puro caule
Gosto doce ao sugar
Amargo o destempero a estugar
Na voz é cana rachada em torvelinho
Ao coração, que a espera enjaule
O rosto lagrimeja a saudade em cortejo
A calda do amor é quente ao gosto que arde
Temperaturas amenas do canto que invade
Cobre de tarde o adentrado desejo
Mata a esperança que antevejo e semeia
Desesperar a tempo de fruir e incendeia.