farelo
não olho a minha poesia
do jeito que gostaria
porque nela, do que versejo,
não me satisfaz o que vejo
porque das sementes que lanço
não vingam os frutos que quero
e da produção que alcanço
o que sobra é muito farelo
no entanto, parece ironia,
insisto em ir semeando,
embora não saiba plantar
quem sabe se colho um dia,
nos frutos que estou procurando,
algum que se possa provar!
Rio, 30/08/2008