Seguir sem mim

Vou aonde esconde esse arvoredo

Caminho entre pedras ferventes

Atravesso riachos quentes

Navego pelo amazonas

Perigosamente ascendo fogueiras

Sem eira nem beiras aguardo o futuro

O futuro nem vem

E a vida balança na rede

Implora e cobra juros ardores

O passado já regateou no presente

O tempo do amor indolente

Sente como quem consente

Apagou o sentido das tempestades

Dos amores indecentes da mente

Ausente burla regras e conduz

Sem tréguas a beira da luz

Voa solitário e nublado

Ilude a neblina imagem

Do amor ingênuo

Sede de paisagem.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 01/09/2008
Código do texto: T1157177
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