Meu íntimo

Sinto queimar-me o íntimo

Pela malha que o tempo tece

E sempre, sempre cresce,

Não se aquieta, não adormece

Somente fecha-se, afoga-se

Na solidão com meu eu

E as mágoas presas

Cada vez mais e mais

agigantam e me entristecem.

Sinto mexer-me o íntimo

Carregado de passado triste

Não se aquieta, mexe , remexe

Procura não quê de felicidade

Se desgosta e esgota de saudade

De um ponto de luz distante

E as mágoas presas pela ansiedade.

Sinto gritar-me o íntimo

Pela grandeza da liberdade,

Confidencias de amor

Imenso e acrescido no ardor

Dos bons tempos que virão

Sinto, agora, aquietar-me o intimo

Por aquietar meu coração.

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 28/08/2008
Código do texto: T1150870
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