Gritos da Natureza...

Eu fui criada a milhões de anos a traz, Deus quando me faz me deu arvores, animais e tantos outros para cuidar.

Eu era feliz em tudo comandar, pois havia equilíbrio e nada com que me preocupar.

Mas Deus achou que faltava algo e lhe criou, eu fiquei muito feliz e ele também se alegrou,

Com o passar dos anos tudo que pude eu lhe dei, ensinei o que comer, até um lugar para morar eu dei,

Você banhava-se nos mais lindos rios, dali tirava seu sustento e também para seus filhos,

A terra era fértil e tudo que plantava colhia, a fartura era grande que até com sua família dividia,

Mas com o passar dos anos a cobiça chegou, aos poucos foi se perdendo e tão pouco notou,

Começou querer mais do que merecia, nem comigo se importou e esqueceu que eu existia,

A sua ganância é tanta não consigo entender, pra queres tanto se um dia vai morrer!

E com essa ganância se esquece que eu existo, eu que tanto te dei, será que mereço isto?

Você aprendeu o valor do dinheiro, mas quem inventou comigo não se preocupou,

Com sua inteligência criou tantas coisas e diz que tem um mundo melhor,

Mas que mundo é esse se a cada dia você mesmo sozinho se destrói,

Vejo meus rios se assoreando, os peixes morrendo e você tão pouco se importando,

Minhas arvores e matas você invade acaba com tudo, sem dó, tão pouco piedade,

Os animais que na mata habitava, você captura, mata e vende e esquece que eu muito os amava,

Destrói tudo que esta ao seu alcance, sem se importar, sem me dar uma chance,

Chance para mostrar o que estão fazendo, para que percebas que aos poucos vocês esta morrendo,

Queria seus pensamentos mudar, para mostrar o que a cada dia você esta a criar,

Criar bombas, armas que horror, você já se esqueceu o que é o Amor?

Você acaba com tudo e acha isso um sucesso, depois diz que este é o preço do progresso,

Que progresso é este que mata e destrói, de você eu tenho pena e isso me dói,

Constrói seus aranhásseis feitos de concreto e aço, que ainda assim a tantos que vivem sem um lar para acabar com seu cansaço,

Com seus meios de transportes podem se locomovem de um lado para outro, mas fazem tanta fumaça que vocês eu vejo pouco,

A fumaça que existe é tanta, que a poluição existente hoje me espanta,

A cada dia me percebo mais quente, será devido às queimadas que recebo constantemente?

Hoje passas um tanto de suas vidas a traz de cura, para doenças e males quase sem cura,

De tanto procurar acaba achando, mas para uma curada a duas doenças chegando,

Doe-me é ver o que restará para sua geração, que me toca na alma e mais ainda o coração,

Pare e veja a sua volta o que esta fazendo, assim não terá futuro, não percebes que eu estou morrendo?

Veja que minha morte vem aos poucos, não deixe isso acontecer você não esta ficando louco,

Penha consciência naquilo que faz, olhe para o futuro, e também olhe no que ficou para traz,

Para traz deixou uma marca de destruição e amargura, mas se quiser ainda a tempo e você tem a cura,

Sei que existe tanto a fazer, mas se quiser pode mudar e me ajudar a viver,

Não se esqueça que tenho muitos anos já vividos, vi tantas coisas acontecer, você pode mudar basta me dar ouvidos,

Tudo que te falo é para seu próprio bem, eu sou uma mãe e não quero te ver sofrer também,

Se fosse para dizer seus erros poderia ficar dias falando, mas acredito em você e sei que esta pensando,

Pense com carinho e muito amor, em tudo que você fez e veja se vale o sofrer da dor,

Saibas que apenas estou te repreendendo, mas fico feliz em saber que esta aprendendo,

Tenho fé em você sei que esta me ouvindo, e num futuro próximo te encontrarei sorrindo,

Pois nunca fui contra o progresso eu juro, pois até mesmo eu me transformo, mas com cautela e ainda pensando, pensando no seu futuro.

Autor: Edson Apolonio

edson apolonio
Enviado por edson apolonio em 26/08/2008
Reeditado em 17/06/2010
Código do texto: T1147337
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