Quer viver
Caladas estórias
Insignificante a escuta
Vida sem carícias
Apenas milícias
Descontentamento!
Fiz besteiras!
Viva as asneiras
Sente-se desnudo
Carregas pedras
Atiras aos golpes
Adormece torpe
Derrapam-se ao alento
Desejo engolido agudo!
Receio e engendras
Nada sirvo e rompe!
Triste gozo despe
Abafaria a paixão
Desdisse o sentido?
Amor sem razão
É perda total do aferido!
Nada, ninguém, solidão!
Falta, fé e coragem.
Frente à maré é miragem,
Diante dos olhos é escuridão!
Calmamente cai a roupagem,
Apenas solitárias
Almejam o clarão!
O raio de luz é brilhante
Fundo túnel do renascer
O aborto de vontades
Quer viver!