Nesta hora.
Em que o astro rei ainda dorme.
E a noite acalenta o silêncio.
Nesta hora.
Vagueia minha alma triste
entre sombras fantásticas
e temerárias esperanças
de um breve amanhecer.
Que seja em lato sentido o alvorecer.
Que podem trazer bem-aventuranças.
Desejo que dá força ao pensamento
Pode ser um fim de noite
de desejos gorados.
Tristes pincelados em tela usada,
envelhecida por tantas mentiras.
Quando a noite é propicia
para a verdade pintada na alvorada.
De um radioso dia
que a fantasia do artista domina.
E recria num dizer com sentido
Na ponta de seu pincel alado
Ou na pena que célere desliza.
Nesta hora
Em que a treva domina
Em que ainda está distante a alvura
e a luminosidade do sol ardente
Que me alegra e me amacia
É a hora da minha nostalgia
Mais intenso está o meu pensamento
Porque busco no silêncio
As razões para o meu abatimento
Em que anseio descobrir na vida outra intenção
E para tudo enfim demando reflexões.
E entre enganos e ilusões
Vou aguardando o nascer de novo dia.
De T,ta
24-08-08