O silencioso destino
OH, crepúsculo de gaza ouro,
Mande alguém cantar uma cantiga
Que é quase choro humano pelo ar.
Pensativo os olhos põem-se nas folhas,
Vidas que vão se extinguindo folha a folha.
A primeira é verde e linda,
Por que o vento a destruiu?
Não tinha vivido ainda...
Não tinha amado e morreu!
A segunda é a folha velha
Mal o vento a toca
Ela adormece no chão
Cai esmorecida.
O Vento do destino arranca
Do sorriso um ai
É o passado, a desilusão.
Oh folha velha!
Permita perfilar
Um novo tempo a descortinar
Em suas tantas miríades
Onde o orvalho silencia o destino
E na quietude do alvorecer
Haverá sonhos que se libertam das nuvens
Com seus 93 anos mamãe recitou uma parte dessa poesia que foi por ela declamada no colégio quando era menina. Eu a completei.