NOITE FRIA

Óh vento que toca-me

nesta madrugada fria ...

És como o sopro da vida

Que se tem nas águas uterinas

Ah, ventania,

Vem tocar-me outra vez..

Nas tuas asas como as do albatroz,

Leva-me abordo,

enquanto calo a minha voz...

Juntos, ares a fora

Chegaríamos à distância de tudo

que me desdém, agora

Ah, vento...

Hei de ser tão leve quanto as plumas

que vem de encontro a este rosto meu...

E no término da viagem, seremos cúmprices

desse cenario do meu imaginário

Voa! E se minha voz não te soa

Ruges tu, nesse calabouço

De noite fria... Que fere a argúcia em mim.

( Áurea de Luz)

Aurea de Luz
Enviado por Aurea de Luz em 16/07/2008
Reeditado em 24/06/2018
Código do texto: T1082458
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