Menina Mulher
A fortaleza de papel
A água da pistola de brinquedo
Minha maior defesa é meu medo
E minha segurança é de aluguel
A noite pedindo o sol
O dia esperando a lua
Minha alma por completo nua
Em uma solitária nota dó
A consciência inconseqüente
A mente sã perturbada
A loucura controlada
A ausência onipresente
O beijo roubado
O suor de um corpo frio
O comportamento doentio
De um ruído silenciado
Um beco sem saída
Uma reta terminando em curva
Na esquina da minha vida
Onde o arco-íris colore a chuva
A seca após o dilúvio
O terremoto em terra firme
O gás, que espontâneo sublime
Desviando-se de seu caminho
Da água fez-se o vinho
Do riso fez-se o pranto
De meu receio, o encanto
E do encanto o carinho
A solidão tem companhia
A tristeza tem um nome
E um apelido quando some
Aí então, me chamo alegria