Menina Mulher

A fortaleza de papel

A água da pistola de brinquedo

Minha maior defesa é meu medo

E minha segurança é de aluguel

A noite pedindo o sol

O dia esperando a lua

Minha alma por completo nua

Em uma solitária nota dó

A consciência inconseqüente

A mente sã perturbada

A loucura controlada

A ausência onipresente

O beijo roubado

O suor de um corpo frio

O comportamento doentio

De um ruído silenciado

Um beco sem saída

Uma reta terminando em curva

Na esquina da minha vida

Onde o arco-íris colore a chuva

A seca após o dilúvio

O terremoto em terra firme

O gás, que espontâneo sublime

Desviando-se de seu caminho

Da água fez-se o vinho

Do riso fez-se o pranto

De meu receio, o encanto

E do encanto o carinho

A solidão tem companhia

A tristeza tem um nome

E um apelido quando some

Aí então, me chamo alegria

gili
Enviado por gili em 29/06/2008
Código do texto: T1056441
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