Presença...

Sempre fui apaixonado pela dualidade

Do côncavo com o convexo... Complexo!

Gosto de desvendar os mistérios do sexo

De mergulhar no improvável...

De perscrutar o imponderável

Do diálogo da ausência...

No duelo com a presença

Fui e sou assim desde a nascença

Um homem público por mera opção...

Pouco desfrute do privado... A outra mão

Muito cedo... fui largado na imensidão

E agora vem o medo fustigar as ações

Recolher-me-ei na emoção da reflexão

Em simbiose com meu próprio coração

A eloqüência do silêncio como oração

Pulsa dentro do meu peito a confusão

Mas eu sou valente e não me entrego

Porque sei que é possível o aconchego...

Embora o ruído... Persista no castigo

Sinto os acordes da suave melodia

Querendo me orientar todos os dias

Garimpando versos meio transversos...

Que trafega à minha alma em impulsos

Para encontrar o rumo daquele beijo...

Reservado e cativado pelas esperas

Tanto minha quanto dela e as quimeras

Onde os lábios se abrem e se contraem

No renascer da ‘presença’ e ‘ausência’

Onde o amor fará a derradeira morada

Culminando a paz com a sua chegada

Encerrando assim... uma longa jornada

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 27/06/2008
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