LIBERDADE DE VIVER
Pensar que ela esteve o tempo todo ali, tão perto...
E eu, tolo, apressado em correr com a vida, mal a notei.
Passei despercebido pela sua presença, intensa;
marcante figura nos dias que seguiram adiante...
insensato viajante! Como pude deixá-la escapar?
Tinha ao meu lado a melhor companhia,
sob o sol, sob a lua, dia e noite, noite e dia...
ela, que nada mais fazia, senão observar,
abria seus braços para mim num doce aconchegar...
e agora, passado o tempo do proveito,
quando cansado, nem durmo direito,
entendo que preciso reencontrá-la.
Voltarei pelos mesmos caminhos de antes,
mesmo aqueles, os mais distantes,
e serei eu a acompanhá-la!