Dor Pungente no Fim de Baile !

Na pior hora da solteirice,

No fim do baile,

Fim de festa,

Na hora de sozinho,

Sem você, me deitar,

Na hora da fera ferida

Ser acuada,

Ser atiçada,

Meu rosto se contorceu,

Num ríctus,

Minha voz se esganiu

Qual a de guaipeca chutado.

Gritei por Deus

E pelo teu nome

Num ritual

Compulsivo

E repetido

Pra que me acompanhasse

No salto pro sono,

Deste pra vigília,

Passando pelos meus sonhos,

Pra que não se tornassem pesadelos.

Pedi mais uma vez

Pra tua imagem,

Tua lembrança,

Pra você me dar força,

Me dar energia

Pra acabar de vez

Com esta minha insânia,

Esta minha insônia.

-(Julio Cezar) Gabriel da Fonseca (Soares)

(Dirs. res. ao Autor)

819. Kurita Kanibal, Makinaímika e Alenina, em PR (Processo Revolucionário poético, musical, político cultural e democratizante), 03.06.07dom, Ao deitar. Às Amigas.

Gabriel da Fonseca

Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2008

Código do texto: T1028496

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