Que comum?!
Muito o procuram...
Poucos encontram
O algo em comum
Que os une e reúne...
Nos corpos, nas almas
Das valiosas essências
Por vezes a vida inteira
Noutras... chega ligeiro
Doutras... passa ao lado
E não se apercebem
Que foram feitos...
Um para o outro
Cabeça e pescoço
Unha e cutícula...
Boca com língua
É preciso coragem...
Captar as mensagens
Com as antenas ligadas
E se entregar a ousadia
De romper preconceitos
Rever os seus conceitos
E ir à luta... sem medo!
De peito franco e aberto
Inalando os perfumes...
Vencendo queixumes
Refletindo os ciúmes
Aparando as arestas...
Garimpando o que presta
Possibilidades e frestas
As janelas bem abertas
Não fechando as portas
Para o que der e vier...
O amor vai transcender
Virá pé ante pé com ardor
Ele ajuda...vai logo querer...
No dispositivo do otimismo
Sem nenhum preciosismo...
Se instala! Consolida as chamas
E o comum se mostra e reclama
Como a dizer: Prepare aí a cama!
Avance logo os proclamas
Coloque os lençóis de cetim...
E sejam felizes enfim!
No abstrato e em comum!
Hildebrando Menezes