Lamento de uma flor.                     

               

Sou flor singela de rara beleza
Mas sou frágil e sensível ao raio do sol
Tenho vida, mas sou criatura indefesa.
Um ser insensível veio talhando arvores
Destruindo tirando o meu direito de viver
Sinto que estou a fenecer em cada arrebol.


Eu que vivia ditosa e alinhada
Meu perfume em cada manha exalava
Quando numa mesa eu era adornada
Em um ramalhete os amantes eu aproximava
Nas mãos do poeta eu fui à inspiração
Dos músicos fui às letras e a eterna canção.


Estou sentindo enfraquecida
O sol escaldante a me molestar
Nem lágrima da chuva, nem chão orvalhado.
Minhas folhas estão secando e caindo
Minhas pétalas estão se diluindo
E com esse aniquilamento vejo minha morte chegar.


E nesse lamento sentindo abordar seu fim
Para mãe natureza fez seu ultimo pedido
Nos derradeiros suspiros foi logo dizendo assim.
Querida mãe minhas forças se esgotaram
Não adiantou implorar por ostentação
Mas minhas sementes na terra ficaram
Para dar continuidade a minha criação.


Querendo dividir todo seu sentimento
A mãe natureza todas as arvores chamou
Gotas de água jorraram naquele momento
Eram lágrimas, pois toda a árvore nessa hora chorou.
Molhando a terra dando vida aquelas sementinhas
Pois quem ama chora, e quem não chora nunca amou.

 

“Tudo que nasce cresce e morre tem vida própria”.
“Então não destrua a natureza, não roube uma vida”.

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Alzira Souza
Enviado por Alzira Souza em 30/05/2008
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